Em vez de sucesso, somos chamaos a bucar excelência (areté) Essa expressão grega (areté) aparece várias vezes no Novo Testamento. Pode referir-se ao poder de Deus (2 Pe 1.3), como os feitos maravilhosos, como demonstrações de poder e da bondade divinas (1 Pe 2.9). Em relação ao homem, geralmente ela é traduzida por hombridade, bravura, excelência ou virtude (Fp. 4.8; 2 Pe 1.5).
Areté é um princípio espiritual e ético, aplicável a qualquer aspecto de nossas vidas. Na perspectiva cristã, diz Michael Green, a “verdadeira excelência humana, pois, é a varonilidade que é a semelhança a Cristo. Aquela semelhança não pode ser adquirida se¬ não através de encontros pessoais e contínuos com Ele mediante a fé” . Desse modo, a fé cristã deve conduzir-nos à uma vida de excelência, buscando qualidade em tudo que viermos a fazer, seja na igreja, em nossa família, nos estudos ou no trabalho. O nome do Senhor é glorificado quando o mundo vê em nós tal excelência.
Areté é um chamado para resgatarmos a plenitude da imagem de Deus em nós. Em virtude da queda, perdemos nossas qualidades plenas. “A criação explica a nossa feitura, mas a queda, a nossa feiura”. Por causa da queda, pecamos, somos insolentes, desorganizados, irritadiços, preguiçosos, imorais. Noutras palavras, a queda nos desqualificou como pessoas. Não obstante isso, mantemos a Imago Dei que, apesar de arranhada, mantém-se em nós. O que devemos fazer é deixar que graça opere em nossas vidas e façamos a nossa parte para sermos “aretizados” ou nos tornemos pessoas excelentes.