Coitadinho dos ateus… Em vez de perseguidores, viraram perseguidos. Devemos, agora, aflorar os nossos mais profundos sentimentos de piedade e comiseração, solidarizando-nos com a raça. Quem sabe algum parlamentar brilhante, da seara tupiniquim, não se levanta e inventa um projeto-lei semelhante ao heterofóbico 122/2006, proibindo que se fale contra os ateus – a nova minoria discriminada.
Não vou entrar no mérito da companhia que o Dennett escolheu para se identificar, cada um sabe a quem se comparar, mas querer fazer o mundo de bobo, é demais. O pior é que ele consegue engajar alguns! Em 11.05.2010, a mesma Folha de São Paulo, repercutindo a entrevista do Dennett , do dia anterior, sai com um editorial na segunda página do primeiro caderno com o título: “Ateus e Religiosos”. Nele, a voz oficial do jornal diz: “aquilo que a princípio parece um exagero ganha contornos verossímeis quando se leva em conta a disputa particular entre ateus e criacionistas nos EUA”. O editorial continua, condenando os 45% da população americana que “leva a Escritura ao pé da letra”. Esse pessoal, de acordo com a Folha, radicaliza “a ponto de cercear a livre manifestação de idéias”. Durma-se com um barulho desses! Reclamação de que a evolução e o ateísmo não têm possibilidade de terem livre expressão?
A bem da verdade, o editorial condena os “militantes da descrença, que exageram ao negar a possibilidade de reconciliação entre fé e razão científica”. Mas saio da leitura do editorial com a nítida impressão que a estapafúrdia afirmação de Dennett foi acolhida.
Traduzi, há algumas semanas na Universidade Presbiteriana Mackenzie, duas palestras do cientista Dr. Scott A. Minnich, especialista em microbiologia, com uma folha corrida extensa de trabalhos e publicações científicas. Entre outras coisas, ele dedicou-se às pesquisas sobre o vírus Yersinia Pestis (da peste bubônica), o flagelo bacteriano (motorzinho que proporciona a movimentação da célula), e o Sistema de Secreção Tipo 3 (TTSS – utilizados como “micro moto-boys”, para entrega de proteínas, nas células). Dr. Minnich demonstra que ao adentrar este campo da micro biologia, com conhecimentos e equipamentos que só existem de algumas décadas para cá, fica cada vez mais clara a evidência de inteligência e propósito por trás dos organismos. Argumentando pelo Design Inteligente, à semelhança de Michael Behe e outros, ele aventa a possibilidade de que se Darwin possuísse esse conhecimento, talvez não tivesse apresentado sua teoria, que vai ficando a cada dia mais difícil de ser sustentada, cientificamente.
Dr. Minnich aplicou os últimos 20 anos de sua vida em pesquisas de tanto valor científico, que faz parte de vários comitês governamentais e missões especiais dos Estados Unidos, destinadas a examinar e estudar defesas contra eventuais guerras químico-bacteriológicas. É esse cientista, entretanto, que declarou em uma das palestras, como era alijado de encontros científicos e recebia rejeição de colegas, em puro preconceito, por sua crença no Criador. Qualquer aluno de escola de primeiro grau sabe que a visão majoritária, no mundo da ciência é a evolucionista. A academia fecha-se monoliticamente em suas premissas, recusando-se a testar qualquer hipótese que fuja às suas pressuposições, postuladas como fatos comprovados. E agora vem o Sr. Dennett dizer que os pobrezinhos dos Ateus é que são discriminados. Só pode ser uma piada de mau gosto.
O Discovery Institute, organização que propõe o Design Inteligente como contra-ponto à teoria da evolução, relaciona vários casos de cientistas perseguidos por sua persuasão na subjacente inteligência que contextualiza o universo físico. Entre esses, os cientistas David Coppedge (NASA), Guillermo Gonzalez (Universidade de Iowa) e Richard Sternberg (Smitsonian Institute). Isso sem falar em inúmeros alunos de cursos de graduação e pós-graduação que têm suas pesquisas impedidas ou interrompidas por não se encaixarem no molde politicamente correto da academia, como é o caso de Bryan Leonard, na Ohio State University. Além disso, desde 2002 a American Association for the Advancement of Science decretou que a teoria do Intelligent Design não é científica, impedindo a mente inquisitiva e os estudos que sempre caracterizam e promoveram o avanço da verdadeira ciência. Quem procura tapar os olhos e apresentar apenas uma visão ao mundo, impedindo as demais? Quem está perseguindo a quem?
Ainda bem que não estão conseguindo calar a todos. O site “A Scientific Dissent from Darwinism” traz uma relação de mais de 600 cientistas, de todo o mundo, que, entre outras coisas, declaram o seguinte: “somos céticos quanto os dados apresentados em favor de mutações randômicas e quanto à seleção natural como responsável pela complexidade da vida. Um cuidadoso exame das evidências apresentadas para a teoria de Darwin deve ser encorajado”. A relação completa desses cientistas pode ser baixada em botão específico, no site.
Os que acreditam nas Escrituras, como Palavra de Deus inerrante, reconhecem essa fonte de inteligência como emanada do Deus Criador, que interage com a sua criação na pessoa do seu filho, Jesus, agente da criação (João 1.1; Romanos 11.36; Colossenses 1.15-17) e “pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hebreus 11.3).
Solano Portela
Post Scriptum: O Prof. Enézio E. de Almeida Filho lembra, em seu post sobre esta mesma entrevista, que o Dennett, em seu livro “A Perigosa Idéia de Darwin”, propõe uma “solução final” para os crentes em subjetividades religiosas – colocar a todos em uma jaula no zoológico… Nada como ser benevolente para com os que pensam diferentemente! Dennett posa de santinho e perseguido, mas tem as garras e a língua bem afiada!
Fonte: Tempora Mores via [comoviveremos.com]
Portela Solanopor
Não esteja tão preocupado assim com os caminhos que a sociedade tem tomado. Quando Elias achava que não tinha mais ninguém que servisse a D’us, foi-lhe revelado que ainda restavam 7mil que não negaram a sua fé!!!!
Assim também nos dias de hoje. D’us sempre vai manter uma chama acesa para louvar o seu nome. Para os que haverão de se salvar, D’us se faz presente e dá provas irrefutáveis da sua existência, através de milagres inoperáveis pela ciência. Eu mesmo sou um grande questionador e se não fosse nosso amado Senhor mostrar-me tantos milagres talvez hoje estivesse do lado dos que lutam contra a religião.
Li, certa vez, num site dos ateus raivozinhos que o milagre se chama “ciência”, mas a ciência não consegue explicar estes milagres e já discuti isso com um deles, adivinhe a resposta: “Você é um ignorante, vai estudar, vai!” e foi embora. É assim mesmo que estes ateuzinhos se comportam, quando são prensados contra a parede mostram as unhas e partem pro braço. Isso sem dizer que os ateus se julgam os “Grandes Seguidores da Ética”, mas são eles quem mais ofendem os religiosos!!! Quer ver se é verdade? Dá uma passada no ceticismo.net, no antigo AOE ou noutro site ateísta pra ver ateu menosprezando religioso. Se esta estirpe não se humilhar e aceitar o único Salvador e Senhor de nossas almas, já sabe o destino que a espera…
Prezado Valmir,
Queria ver esses ateus com coragem para criticar o Islamismo. Criticar o Cristianismo é muito fácil.
Abraços!
Daladier,
Hehe. Também gostaria de ver …..
Em todos os ramos científicos há ateus, católicos, evangélicos, islâmicos, agnósticos, amarelos, verdes etc. trabalhando em prol da ciência. Decerto há algum preconceito contra os religiosos por parte de alguns, pois parece que o ser humano tem necessidade de se juntar a um grupo e vilipendiar os outros. Mas nenhum teísta de qualquer religião precisou renunciar à sua crença (a não ser por si só) por causa disso. No final o que vale é cada um arregaçar as mangas e fazer o seu trabalho, pois o que vale é o “a César o que é de César”.
A questão é quando as coisas se misturam (e aí entra também o preconceito). A ciência permite o diálogo e tanto é que várias teorias nos campos da química, medicina, biologia, física, astronomia, etc. já foram refutadas e desacreditadas. Uma teoria é uma explicação plausível para uma realidade, e é a melhor explicação existente naquele momento; pode surgir outra teoria que explique melhor determinado processo. Mas é óbvio que para tudo há um limite: imagine um pesquisador resolver de uma hora pra outra que o processo de crescimento das células cancerígenas é mais propício para quem já tomou vacina antigripal! Essa é a opinião dele, mas cadê a metodologia aplicada? A questão é que criacionismo (e o recente “Design Inteligente”) tenta explicar tudo (muitas vezes pegando de empréstimo outros trabalhos e teorias, num verdadeiro pout-pourri pantagruélico) através de uma hipótese não testada (quer dizer, o criacionismo não se considera como uma hipótese ou teoria – é lei pétrea) . Ora, a ciência não estuda o incognoscível: ela se atém à realidade. Provar ou não a existência de um Deus criador e/ou mantenedor está fora de seu alcance. Para isso há a religião e a filosofia.
J.T.
Queria ver esses ateus com coragem para criticar o Islamismo. Criticar o Cristianismo é muito fácil…
É muito fácil agora , mas diga isso aos que foram torturados e mortos pelo critianismo do Deus onipresente e onipotente. Isso tá cheirando mau caratismo.