Notícia interessante publicada na Revista Crescer.
Uma casa sem televisão, computador e celulares ligados. Já pensou? Foi assim, desse jeito um tanto radical, que um casal de britânicos junto com seus seis filhos diz ter encontrado a felicidade da família. Tudo começou há seis anos, quando os pais das crianças, Miranda e Richard Jones, perceberam que, enquanto por um lado as crianças durante um passeio ficavam ansiosas para voltar logo para casa e jogar no computador, um dos filhos demonstrava mais bom humor quando estava longe da tela.
Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Miranda diz que gostaria que as crianças tivessem uma infância bacana e, no lugar dos gadgets, deveria entrar mais tempo livre para brincar, ler livros, pintar e… conversar! A regra inclui todos os filhos da família Jones, desde o Nestor, de 1 ano, até Joshua, de 17, que já trabalha meio período e estuda na Universidade de Cambridge.
Miranda afirmou que o maior problema foi lidar com as escolas que insistiam que as crianças não poderiam deixar de ter acesso à internet para fazer seus deveres em casa. No ambiente escolar, no entanto, o computador está liberado, mas em casas, as lições são feitas com ajuda de livros. Tudo indica que isso não foi nenhum trauma, pelo que diz Joshua, o filho mais velho. “Isso não interferiu na minha vida escolar e [com a proibição do computador] eu realmente comecei a ver mais meus amigos em vez de apenas falar com eles pela internet.”
Se na sua casa o computador, a televisão e o celular são um problema, saiba que uma decisão radical como essa não é o que vai melhorar o convívio da sua família. Propor mais programas junto com as crianças, ainda que seja um jogo de tabuleiro, assistir a um DVD e reservar um tempinho para uma simples conversa são algumas dicas que vão deixar vocês mais unidos e que valerão muito a pena.
[Nota do Editor: A notícia revela que é possível viver (bem) mesmo sem computador, TV e celulares. Isso parece algo radical em meio à chamada Geração Y, que privilegia o relacionamento virtual em detrimento do real. Sem perceber, vamos nos tornando dependentes da mídia e de uma imensa parafernália tecnológica. Como resultado, esquecemos de desfrutar de coisas simples e boas da vida. Alguns sintomas dessa dependência podem ser percebidos no fato de não conseguirmos passar o dia sem olharmos nossa caixa de e-mails ou uma semana sem postar algo em nossos blogs pessoais.]
É um extremo, mas acho bastante plausível, visto que, diante da dependência desses meios de comunicação, muitas vezes deixamos de orar e ler mais a Palavra de Deus, deixando de lado muitas vezes a “comunhão com os irmãos”, ou seja o convívio saudável com os amigos diante de Deus que é estar com amigos, revivendo o que cada um tem da parte de Deus para compartilhar com o outro, entre outras coisas boas e agradáveis diante de Deus que podemos fazer, fazendo que nosso prazer e nossa alegria venha realmente de Deus em nossas vidas, através do sacrifício de Jesus Cristo que nos trás Liberdade, Liberdade vinda da Verdade da Palavra de Deus.
O fato de estarmos vivendo em meio a uma chamada “parafernália tecnológica” não quer dizer que iremos perder o rumo da existência ou do viver. Simplesmente estamos vivendo mais uma fase do desenvolvimento humano, que nunca terminará, salvo se a própria humanidade deixar de existir. Assim como a invenção da roda provocou uma revolução tecnológica à época, assim como o desenvolvimento de grandes embarcações levou o homem a lugares antes inimagináveis, assim como a revolução industrial fez surgir bens antes inacessíveis, assim também sempre viveremos revoluções. É a sina humana.
A proposito, escrevi recentemente em meu blog dois artigos sobre este assunto. O primeiro, Realidade Virtual, aborda os efeitos negativos da dependência da tecnologia em nossa vida diária (http://portaparacristo.blogspot.com/2009/02/realidade-virtual-revisitado.html) e no segundo, Não Penso, Não Existo, Só Assisto, procuro alertar sobretudo os cristãos sobre os efeitos da televisão (http://portaparacristo.blogspot.com/2010/02/nao-penso-nao-existo-so-assisto.html).