Editorial Mensageiro da Paz – Dez/2009
Quem lê a Bíblia apenas como uma obra literária excepcional com grandes lições morais, mas sem considerá-la a revelação de Deus aos homens e um livro que apresenta proposições para a fé, isto é, doutrinas, não está aceitando, de fato, a Bíblia como ela é. Jesus disse certa vez que os escribas e fariseus erravam por não examinarem as Escrituras e ignorarem o por delas (Mt 22.29). Isso demonstra que desconhecer o propósito das Escrituras resulta em não experimentarmos o seu poder e eficácia em nossas vidas. A Bíblia é suficiente, mas ela só se torna eficiente em nossas vidas quando nós a aceitamos como Palavra de Deus, como regra de fé e prática para nossas vidas.
O apóstolo Paulo, escrevendo ao seu discípulo Timóteo, apresenta o propósito das Sagradas Escrituras. Afirma Paulo: “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus [1] seja perfeito e [2] perfeitamente instruído para toda a boa obra”.
Ou seja, segundo Paulo, a Bíblia tem o propósito de nos “instruir perfeitamente para toda a boa obra” (no original grego, “equipar para toda boa obra”) e também fazer com que o homem de Deus “seja perfeito”, isto é, correto em toda a sua forma de viver. E para atingir esses fins, seu conteúdo é propício para ensinar, redargüir, corrigir e instruir, o que denota um objetivo proposicional, normativo e autoritativo da Bíblia.
Portanto, ler a Bíblia apenas de forma literária é, simplesmente, não levar a Bíblia a sério. O apóstolo Paulo, escrevendo aos tessalonicenses, destacou a importância de recebermos a pregação do conteúdo bíblico como Palavra de Deus (1Ts 2.13). Devemos fazer o mesmo hoje e sempre.
A Bíblia não deve ser lida apenas como uma obra literária com belas lições morais nem lida como um conjunto de histórias edificantes que não se propõe a apresentar nenhuma doutrina clara e absoluta. As Sagradas Escrituras devem ser lidas como elas são, como a revelação de Deus aos homens, como a inerrante, infalível e perfeita Palavra de Deus, que se propõe não apenas a narrar histórias verdadeiras, mas, acima de tudo, pretende ensinar ao ser humano verdades absolutas, claras e definitivas sobre Deus, o ser humano, a Salvação, a vida, como devemos viver e o começo e o fim de todas as coisas. E essa afirmação, vale a pena lembrar, não é arbitrária, mas defendida pelas próprias Escrituras.
Escritores bíblicos como Paulo e Pedro afirmaram isso sobre as Escrituras. Paulo, por exemplo, afirmou que as Escrituras são proposicionais: “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2Tm 3.16,17). E Pedro disse: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2Pe 1.20,21). Logo, devemos ter cuidado para interpretá-la corretamente (Pv 30.5,6).
Fonte: CPAD
“As Sagradas Escrituras devem ser lidas como elas são, como a revelação de Deus aos homens, como a inerrante, infalível e perfeita Palavra de Deus, que se propõe não apenas a narrar histórias verdadeiras, mas, acima de tudo, pretende ensinar ao ser humano verdades absolutas, claras e definitivas sobre Deus, o ser humano, a Salvação, a vida, como devemos viver e o começo e o fim de todas as coisas.”
Não é o que parece quando percebo tamanha confusão em relação à questão do suicídio (neste mesmo blog), ou das “baladas gospel”, que tanto dividem as opiniões mais fundamentadas…
Parece que nem mesmo levado ao pé da letra, o texto sagrado deixa de dar margem a dúvidas cabíveis: Graças a Deus!
Abraço!
O texto em apreço de II Tm 3: 16 onde diz que “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa… indica que caso não haja inspiração na exposição verbal, ou mesmo na meditação devocional, com a mesma intensidade com que foi inspirada, no momento de seu registro, não há proveito espiritual, nem para ensinar, corrigir, redargüir, e muito menos para instruir em justiça. Porem, o mais alarmante é ver algumas “versões” arranjadas e concebidas na invenção racional, forçar o sentido original deste texto, supondo que o correto desta escritura deveria ser: “Toda escritura “é” divinamente inspirada e proveitosa”. Hora, não há ninguém, em são juízo que negue esta verdade, o que não impede de perceber o sentido fidedigno deste ensino do apostolo Paulo de que, sem a inspiração divina não há proveito, a não ser intelectual e informativo.