por Valmir Nascimento Milomem
Outro dia recebi em minha casa uma senhora da igreja onde congrego. O objetivo da visita era um pedido de ajuda. Apesar de bem instruida, ela não sabia mais o que fazer com seu filho; um rapaz barbudo que não a respeitava mais. Pude perceber a agonia daquela senhora. O desespero em sua voz e o cansaço no semblante.
Após nossa conversa, juntamente com minha esposa, fiquei a imaginar quantas mães não passam pela mesma situação daquela senhora; não sabem mais como agir com seus próprios filhos. Alguns pela desobediência e rebelião generalizada; outros, por terem ingressado no mundo das drogas e dos vícios. Uma quantidade infinita de famílias cheias de problemas e mazelas, em que pais e mães clamam por socorro.
Não tenho dúvidas de que a educação dos filhos é responsabilidade dos pais. Sim. Ensinar a criança no caminho em que deve andar é atribuição dos genitores, não da igreja, do Estado, dos avós, dos filhos mais velhos e muito menos da mídia. Esse é o princípio da responsabilidade educacional dos pais. Todavia, a igreja também tem um importante papel a desenvolver no que se refere à instituição familiar. Cabe a ela prestar auxilio à célula mater da sociedade, seja no aconselhamento, na ministração de cursos ou na promoção do diálogo.
Por isso, enquanto muitas igrejas ministram seus “cultos de fogo”, pregam sobre prosperidade ou simplesmente ensinam sobre costumes legalistas, várias famílias vão morrendo sem ouvirem palavras de aconselhamento, edificação e estruturação do núcleo familiar.
Pense nisso!
Cultura & Teologia 
O pouco e crescente desinteresse que existe, em muitas congregações, principamente e infelizmente, compostas com pentecostais sem dúvida é a causa fundamental de muitas mazelas no nosso meio. Se confunde pentecostalismo com muito barulho (muito mesmo), inclusive naqueles cultos cujo objetivo primordial seria estudar a Palavra de Deus a primazia é para canticos que estimulam, via de regra, a se dar vazão a emoções. Recentemente, fui convidado a participar como preletor de um seminário de EBD, cujo tema seria 29 Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Mat. 29;22 Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.
Além dos cânticos da HC, foi dado liberdado para uma série cantores, conjuntos, coral, profecias e revelações, que pouco sobrou de tempo para a exposição da Palavra de Deus.
Note-se que pelo texto escolhido a intenção foi,sem dúvida alguma das melhores, mas prevaleceu a influencia, com todo respeito, dos irmãos “canela de fogo”.
Creio que é mais do que na hora de termos no minimo dois trimestre, dedicado efetivamente sobre o pentecostalismo verdadeiro e além disso um enganjamento efetivo da liderança da Igreja no ministério de ensino. Estudos biblicos devem ser priorizados até exigidos nas congregações, no minimo uma vez por mês. A Igreja somente será edificada na Palavra de Deus, quando devidamente estudada e aplicada na vida do crente.
Precisamo “saltar desse bonde” que não tem trazido, benefícios, muitas vezes malefícios com os “revelamentos” furados que vem crescendo assustadoramente. Recentemente assisti um caso na minha congregação em que um auto-intitulado missionário, “revelou” com a congregação lotada, que um irmão novo convertido iria deixar a sua esposa. Foi muito difícel para nós consertarmos a situação, por que a esposa acreditou no que foi dito e ela é queria ir embora. Graças a Deus conseguimos consertar o estrago, mas e quanto outros estão proliferando por ai afora e não tomadas providências para evitar tais transtornos.
Onde esta escrito: 29 Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Mat. 29;22 Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.
Leia-se: “Jesus porém, respondendo-lhes disselhes: Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”