Relendo o livro "Pode o homem viver sem Deus?"[1], de Ravi Zacharias, encontro o poema satírico do jornalista inglês Steve Turner, em Creed ("Credo"). No texto, existem algumas particularidades da cultura americana, mas, na essência, expressa muito bem o panorama da mentalidade moderna. Um verdadeiro caos moral e ideológico. Não pude deixar de transcrevê-lo.
Cremos em Marxefreudedarwin.
Cremos que tudo está bem,
Desde que você não prejudique ninguém,
quanto você possa definir prejudicar,
e quanto você possa saber.
Cremos no sexo antes, durante
E depois do casamento.
Cremos na terapia do pecado.
Cremos que o adultério é uma brincadeira.
Cremos que a sodomia é correta.
Cremos que tudo está ficando melhor,
Apesar da evidência contrária.
A evidência precisa ser investigada,
E não se pode provar nada com evidência.
Nos OVNIs e nas colheres entortadas;
Jesus era um homem bom, como Buda,
Maomé e nós mesmos.
Ele foi um bom mestre de moral, embora achemos
Cremos que após a morte vem o nada,
Porque, quando você pergunta aos mortos o que acontece,
Eles não dizem nada.
Se a morte não é o fim, se os mortos mentiram,
Então o céu é compulsório para todos,
Exceto, talvez,
Hitler, Stalin e Genghis Khan
Cremos em Masters e Johnson.
O que se seleciona é a média.
O que é a média é normal.
Cremos no desarmamento total.
Cremos que há elos diretos entre a guerra e o derramamento de sangue.
Os americanos deveriam fundir as suas armas e transformá-las em tratores,
E certamente os russos os imitariam.
Cremos que o homem é essencialmente bom.
É somente o seu comportamento que o faz cair.
É culpa da sociedade.
A sociedade é o defeito das condições.
Cremos que o homem deve descobrir a verdade
Que é certa para ele.
Consequentemente, a realidade se adaptará.
O universo se reajustará.
Cremos que não há verdade absoluta,
Exceto esta:
Não há verdade absoluta.
Cremos
na rejeição dos credos,
E no florescer do pensamento individual.
…
Ravi Zacharias finaliza dizendo que, com certeza, a esperança do ateísmo move-se inexoravelmente para um caos destituído de credo. Nos calcanhares do Iluminismo, diz ele, o existencialismo estava esperando para nascer. A paixão tornou-se moda, e a decência o "vento levou". Quando o existencialismo se desgastou, os "desconstrucionistas" desmantelaram tudo o que restava. Não resta nenhum ponto de referência moral. Este é o primeiro ponto do colapso, quando se tenta viver sem Deus.
Eu acho que Freud foi mau compreendido nesse poema, mas o restante faz muito sentido.
Concordo com Ravi, quando ele diz – “A paixão tornou-se moda, e a decência o “vento levou” – , hoje a imoralidade se arraigou no coração da humanidade e a descrença em Deus, motivada pelo ateísmo gerou e gera uma destruição em massa de Moral, bons costumes, essência de bom no homem.
Muito bom esse texto.
Meu caro irmão Valmir Nascimento Milomem, o convido a visitar meu blog:http://rafaelfonsecadacosta.blogspot.com/
Valeu Rafael.
Visitarei o seu blog.
Só uma observação. Quem escreveu o poema foi SteveTurner. O Ravi somente o citou.
Sensacional este texto. Reflete demais o pensamento mundano.