Paraíso de pedófilos. Essa foi a denominação dada ao Brasil pelo senador Magno Malta durante audiência pública de combate à pedofilia, realizada hoje (15/05/2009), na Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso em Cuiabá.
O parlamentar deu ainda outras declarações bombásticas – e necessárias. Segundo ele o Brasil é o principal consumidor de pornografia do mundo e campeão de pedofilia na Internet. Afirmou também que a prática da pedofilia é pior que narcotráfico; e que, em razão da certeza de impunidade e de leis específicas, o número de casos vai aumentando.
Magno Malta é crente, e como crente sabe perfeitamente que a cosmovisão cristã possui um termo claro que explica esse cenário: queda. O homem pecou e destituído está da glória de Deus (Rm. 3.23). O homem foi criado bom, mas rebelou-se contra o seu Criador e agora paga o preço por esse ato, vivendo em constante conflito e rebelião.
Para a cosmovisão cristã, o homem é um ser moral. Criado segundo a imagem, e conforme a semelhança de Deus (Gn. 1.26). Consciente; sabedor da diferença entre o certo e o errado e dotado de livre arbítrio, com capacidade para escolher qual caminho tomar; mas também, responsável pelos seus atos.
Para a cosmovisão naturalista, por outro lado, o homem é resultado de eventos aleatórios. Fruto da evolução. Um espécie avançada de símios. Sem base moral capaz de lhe mostrar o que é certo ou errado. Tal como animais agimos baseado em nossos impulsos.
Então, o que os naturalistas podem dizer sobre a pedofília? Como condená-los? Se o homem segue os seus impulsos, como então julgar o pedófilo que simplesmente executa seus impulsos sexuais? (Alguns, inclusive, já estão a chamar a pedofília de opção sexual)
Esse é o problema dos evolucionistas. Eles não possuem um fundamento seguro do que seja certo ou errado, bom ou mal. Os seguidores de Darwin não podem explicar nada sobre padrão moral, e quando querem fazer qualquer julgamento ético, como é o caso da pedofília, tomam emprestado as verdades absolutas da cosmovisão cristã.
Os naturalistas tentam, em vão, argumentar que a moralidade é também um instinto. Mentira, pois, como dizia C. S. Lewis, diante de um conflito de instintos, entre o instinto de sobrevivência e o instituto gregário, por exemplo, o que impulsiona o indíviduo a ajudar o seu próximo e não bater em retirada? Seria outro instinto? É claro que não. O que define qual conduta a tomar é a consciência moral do homem, que lhe aponta qual o caminho correto a seguir.
E não me venham com essa de que a pedofília é um problema psicológico. Até hoje os especialistas estão perdidos a esse respeito. Não sabem qual é a sua causa. Mesmo porque, se for uma simples doença, então teremos que ter piedade desses pedófilos, afinal foram acometidos de uma patologia.
Não. A pedofilia é um crime e deve ser combatido. Sabe por que? Porque é a desobediência a uma lei moral que afeta o Legislador Supremo e também viola a moral de uma criança indefesa. É uma torpeza que desconsidera a dignidade da pessoa humana. Conceito esse, inclusive, suscitado a partir dos valores cristãos.
Portanto, toda a proliferação da pedofília nos dias atuais é resultando do constante abandono dos padrões morais, onde a sociedade descamba para o relativismo moral. A mídia televisiva com todo o seu apelo erótico; a liberdade irresponsável dentro do ambiente social e a supervalorização do hedonismo – o prazer acima de qualquer coisa – são fatores que contribuíram para a formação desse cenário propenso à violência sexual.
Então, o que temos não é um paraíso de pedófilos, mas sim, uma selva.
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Outros textos:
Caríssimo irmão Valmir, contra o espírito bestial e a vileza de adultos imorais que tenta macular a obra de Deus sacrificando e martirizando crianças através da exploração sexual, as leis brasileiras são fracas para combatê-los e mudar-lhes o coração e a mente. Não têm poder para isso. Tão somente as leis divinas, o evangelho de Jesus, é o poder de Deus para a libertação, tratamento, cura, mudança e salvação de todos aqueles que crêem. E para que isso aconteça, antes, precisam da Pessoa de Jesus Cristo em suas vidas. Ele disse:”_ sem mim, nada podeis fazer…”.
Não quero com isso isentar as autoridades de nosso país, no combate à exploração sexual; ao contrário, precisamos de leis mais rigorosas, mais eficazes, mais duras, e a necessidade de uma participação maior dos provedores de acesso e de serviço com o Ministério Público e a Polícia Federal. Teremos assim, uma legislação mais moderna, no tocante aos crimes cibernéticos.