Descrentes: Será que estamos preparados para ajudá-los?


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Os fariseus não estavam preparados para lidar com os pecadores (Lc. 7.39), muito menos com os publicanos (Mt. 9.11). Os discípulos de Jesus, da mesma forma, não estavam capacitados para o diálogo com as mulheres samaritanas (Jo. 4.27).

E a igreja de hoje, está preparada para lidar com grupos de pessoas diferentes que estão a freqüentar a igreja em busca de respostas para suas vidas? Indagando de outra forma: Estamos qualificados para promover o restabelecimento espiritual, moral e social de homossexuais, prostitutas e viciados em drogas?

Não sejamos hipócritas. Ressalvado raríssimas exceções, a verdade é que a maioria das igrejas locais não está capacitada para lidar com tais pessoas. Não sabemos lidar com os ex-drogados. Não sabemos nos relacionar com homossexuais reabilitados ou em vias de reabilitação. Estamos perdidos no que tange ao trato com as ex-prostitutas.

PECADO X PECADOR

É preciso fazer distinção entre pecado e pecador. Deus não tolera o pecado, mas ama o pecador, por isso Ele sempre está com os braços abertos para recebê-lo. O problema é que muitos cristãos tratam pecado e pecador de forma idêntica, fato esse que atua como agente inibidor na conversão de muitas dessas vidas.

A igreja brasileira encontra-se num embate contra o PLC 122, o qual criminaliza a homofobia, e consequentemente, pune a liberdade de expressão contra o comportamento homossexual. Essa luta é legítima, tanto que faço parte dela.. Porém, não podemos fazer da batalha contra tal projeto de lei uma verdadeira caça aos homossexuais, no sentido de ridicularizá-los. De forma alguma. Creio não ser essa a função do evangelho.

A nossa intenção, como servos de Deus, deve ser no sentido de resgatar essas almas para o conhecimento da Palavra de Deus, para terem suas vidas plenamente renovadas.

Ocorre que na dinâmica da conversão dessas vidas, entre o processo de visita, inserção e vivência no ambiente eclesiástico, o processo de adequação à nova vida é esbarrada pela falta de habilidade, compaixão e sensibilidade por parte dos próprios cristãos. Por esse motivo, muitos desses descrentes possuem verdadeira aversão à igreja, da qual tem pavor de freqüentar, ou, até mesmo por terem passado algum tipo de vergonha em uma dessas visitas.

Há quem diga que Deus transforma completamente a pessoa. É verdade, aquele que aceitou ao Senhor Jesus passa pelo novo nascimento, como escreve o apóstolo Paulo, ao dizer que Deus nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo (Tt. 3.5). No entanto, não podemos perder de vista que a igreja local é uma comunidade, e para a integração dos novos convertidos, necessários se faz que os demais membros saibam recepcionar esses indivíduos e com eles conviver.

Nenhum ser humano nasceu para ser rejeitado. Isso é fato. Assim, a igreja precisa, urgentemente, rever a sua forma de recepcionar e lidar com os homossexuais, prostitutas, drogados, e todos outros tipo de descrentes, para que não incorra no erro de, voluntária ou involuntariamente, rejeitar vidas que precisam ser transformadas.

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