Coquetel Abortivo on-line


A internet é uma ferramenta de mídia. No aspecto ético, neutra em si mesma. Não é boa, nem ruim. Ela simplesmente espelha o comportamento dos seus usuários.

Ocorre, que, infelizmente no últimos dias temos acompanhado um série de ações nefastas dentro da internet. Sites que ensinam sobre suícidio, homicídios por meio da rede, drogas virtuais, e agora, como se não bastasse, uma ONG está vendendo coquetel abortivo no ambiente virtual.

De onde provém essa idéia?

Ora, só podia ser da Holanda. O país-cúmulo-da-liberalidade. Acho inclusive que deveriam mudar o nome de Holanda para Liberolanda.

Veja, abaixo, a matéria completa da Revista Veja


ONG HOLANDESA VENDE COQUETEL ABORTIVO NA INTERNET

Aborto on-line

por Adriana Dias Lopes

A iniciativa da organização não-governamental holandesa Women on Web de distribuir pílulas abortivas está criando um desafio para a legislação internacional. A distribuição é considerada legal na Holanda, mas não em sete dezenas de outros países onde o aborto é crime e cujas mulheres têm se valido do serviço da ONG holandesa mediante pedidos on-line, que são entregues pelo correio. Por 70 euros, o site womenonweb.org promete enviar a qualquer ponto do planeta uma combinação abortiva eficaz. Nos Estados Unidos, essa combinação química é chamada de “aborto medicinal”. Ela inclui uma pílula de mifepristone e seis de misoprostol. O mifepristone, também conhecido como RU486, age bloqueando a ação da progesterona no organismo da mulher. O hormônio é o principal responsável por manter a circulação de sangue dentro do útero – sem ele, o feto morre. Já o misoprostol, princípio ativo do Cytotec, indicado para o tratamento de úlceras, provoca contrações uterinas semelhantes às de um parto. Em pouco mais de 24 horas se obtém a interrupção da gravidez.

A organização holandesa se declara na luta pela preservação da saúde das mulheres com gravidez indesejada e que, sem acesso ao “aborto medicinal”, decidem por métodos cirúrgicos, sempre mais arriscados. A Organização Mundial de Saúde informa que 20 milhões de mulheres se submetem a aborto ilegal todos os anos no mundo – 1 milhão delas no Brasil. Mais de 80 000 mulheres morrem em conseqüência dessas intervenções, e a imensa maioria é de pacientes de clínicas clandestinas. O womenonweb.org pode ser lido em seis idiomas, entre eles o português. A prescrição de medicamentos a pacientes desconhecidas e sem a mediação de um médico é, em si, um risco. O coquetel do aborto só é efetivo até a nona semana de gravidez. No caso das brasileiras, explica a página da ONG na internet, a gestação não pode ter passado de cinco semanas. Isso porque o tempo entre o envio e o recebimento da medicação pode demorar até três semanas. “Esses medicamentos têm efeitos colaterais que exigem acompanhamento profissional durante todo o processo”, diz o ginecologista Jorge Andalaft Neto, da Universidade Federal de São Paulo. Uma análise feita com 400 mulheres que compraram o kit pelo site, publicada na última edição da revista científica British Journal of Obstetrics and Gynaecology, revela que 11% delas precisaram passar por um procedimento cirúrgico, a curetagem, depois de ingerir os remédios.

A questão legal também não pode ser menosprezada nesse caso. O fato de a Holanda considerar legais a prescrição indiscriminada a distância e o uso das drogas abortivas não altera em nada o rigor da lei brasileira. Os holandeses advertem às interessadas que não existem garantias de que o medicamento chegará efetivamente ao destino mesmo tendo sido efetuado o pagamento e que as questões relativas à

alfândega “são de responsabilidade do comprador”. A Receita Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são responsáveis pela triagem dos medicamentos que entram no Brasil. A fiscalização é feita por amostragem e tem sido crescentemente mais minuciosa. Como o mifepristone é proibido no Brasil e o misoprostol só pode ser utilizado por hospitais credenciados, a tentativa de adquiri-los da forma proposta pela ONG holandesa é crime que pode ser punido com até quatro anos de prisão pela legislação brasileira.

Fonte: Revista Veja, Edição 2072, de 6 de agosto de 2008.

Divulgação: www.comoviveremos.com

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7 comentários

  1. Na maioria dos países de primeiro mundo o aborto é legalizado, justamente porque quem precisa abortar vai faze-lo de uma forma ou de outra. No Brasil, temos mais 1 milhão de abortos por ano; a lei atual é simplesmente assassina, hipócrita e não funciona já que leva as mulheres a procurarem clínicas ilegais e também não resolve o problema. Não prende ninguém porque se prendesse teríamos 1 milhão ou mais de pessoas presas por ano, se temos cerca de 200mil presos atualmente imaginem mais 1 milhão por ano.

    Quem tem dinheiro viaja e faz o aborto com toda segurança, quem não tem corre inúmeros riscos.

    Meus parabéns a http:// http://www.womenonweb.org pois procura resolver o problema ao invés de tapar o sol com a peneira.

  2. Caro irmão e amigo Valmir, a paz do Senhor.

    Li o artigo e me lembrei o quanto é fácil e bastante acessível ter em mãos, através da internet, materiais nada saudáveis e coerentes, em todos os aspectos. São muitas as seitas e heresias que oferecem gratuitamente e sem despesas de envio inúmeros materiais, alguns com uma qualidade física ótima.

    Agora vejo que até mesmo ferramentas necessárias para o aborto ganham espaço e se tornam fáceis de se conseguir. Então pergunto comigo: quando será que as igrejas evangélicas irão abrir mais as mãos para subsidiar materiais evangelísticos com mais impacto? Quando é que será possível se ter um curso de teologia sério e ortodoxo mais acessível, seja pessoalmente ou à distância mesmo?

    Como diria o apóstolo Paulo para os crentes de Corinto, em relação a certo tipo de fornicação que nem mesmo no mundo havia: está de 1 x 0 para o mundo!

    Que vergonha!

    Abraços fraternos! Que Deus continue te abençoando e usando cada vez mais, em nome de Jesus. Amém.

    Anchieta Campos

  3. Caro Valmir,

    A globalização trás coisas boas, mas também coisas más.

    Já pensou, conversar com um parente seu que está do outro lado do mundo? É uma maravilha a sabedoria que Deus dá ao homem.

    Porém, o homem caido que é, corrompe tudo. O que é algo admirável se torna em um instrumento para a difusão de perversidade, difusão do enfraquecimento do amor entre os homens, difusão da distancia entre os homens etc.

    Sabemos que nesse mundo somos passíveis de dias maus (João 16:33) e, ainda, não chegamos a perfeição enquanto vivermos aqui, o mal existe neste mundo (João 17:15), mas o SENHOR DEUS nos guarda!!

    Além de vivermos e pregarmos o Evangelho, o que podemos fazer é comerçarmos a lutar por um controle do que vem de fora e que não existe nenhuma forma de controle. A internet e seu conteúdo é um forte exemplo.

    É uma luta extremamente difícil e que só vale a pena ser lutada se o esforço maior for na difusão de coisas edificantes, para termos o exemplo e galgar-se autoridade na questão.

    Como usuário da internet também me deparo com coisas que passo a me perguntar se há limites para as atrocidades e a barbarie humana.

    Para finalizar, a inversão de valores nos meios de comunicação de hoje é constatada quando vemos os indices de audiencia em programas policiais e afins, onde o conteúdo extremamente negativo. A garantia constitucional da liberdade de expressão vem sendo amaldiçoada por aqueles que tanto se utilizam dessa liberdade que acham que tem.

    Que a Paz de Deus seja para com você e todos os que fazem parte de sua vida.

    Ednaldo Émerson

    ————————–
    João 16:33 Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; ((((no mundo tereis aflições)))), mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.

    João 17:15 Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.

  4. Elias,

    O pragmatismo exposto no seu pensamento é ridículo.

    A sua lógica é mais ou menos assim: Deve-se liberar o aborto porque os criminosos são impunes, e porque os ricos podem fazer abortos noutros países, e os pobres.

    Você consegue ver a incongruência q escreveu?

    Pois bem, se o problema é a impunidade, então deve descriminalizar vários outros crimes os quais os criminosos passam impunes, ou aqueles em que os ricos conseguem se safar.

    Absurdo, completo absurdo!

    O que deve acontecer não é discriminalizar, mas sim aumentar a fiscalização e a punição.

  5. Anchieta,

    Realmente, está mais do que na hora da igreja abrir os olhos para essas questões práticas que envolvem o cotidiano das pessoas.

    Nossos cursos de teologia são, na maioria, bairristas, faltando uma visão mais ampla para a aplicação plena da cosmovisão cristã.

    Mas, somos partes de um geração q pode alterar esse cenário.

  6. Ednaldo,

    É isso mesmo.

    A internet possui coisas boas e ruins.

    Acho que a blogosfera cristã está exatamente aí para salgá-la com o evangelho genuíno.

  7. Elias, se o aborto feito fora de uma clínica “limpinha” é tão perigoso assim, se o aborto clandestino é inseguro, como as mulheres-macho-feminocomunistas falam, por que raios elas mesmas divulgam aos quatro ventos as formas de fazer um aborto em casa?

    Por uma única razão: o aborto é um risco, tanto feito em clínicas “legais” quanto feito “por debaixo do pano”.

    Pela sua lógica, vamos legalizar também a corrupção, bem como as filas e as ínumeras mortes de mulheres que querem ter seus bebês no SUS, porque ninguém vai para a cadeia mesmo!! Lei hipócrita que fala que corrupção é crime, e que é dever do Estado zelar pelo bem estar da população!

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