A EMENDA FICOU PIOR QUE O SONETO


por Daladier Lima

A VEJA desta semana está brava com os evangélicos. Quem acompanha o blog lembra da resenha crítica que fizemos a um artigo postado na coluna de André Petry, onde ele diz que nosso protesto, no dia 24/06/2008, no Senado, encabeçado pelo Pastor Silas Malafaia, procura fazer com que a homofobia latente dos evangélicos tenha oportunidade de perseguir os gays. Segundo o colunista desejamos uma licença para perseguir o grupo. Como se os duzentos gays que morreram este ano no Brasil houvessem sido assassinados por nós, ou em nossas igrejas.

VEJA disse que Silas Malafaia foi inconsequente ao pedir aos seus telespectadores que escrevessem à revista, criticando o artigo de André Petry. Segundo a revista ele devia ter direcionado os e-mails para o colunista, que tem autonomia para dizer o que quiser, e se eximiu da responsabilidade quanto ao que ele o faz. Você pode ler a chamada clicando na imagem abaixo.
A “emenda ao soneto” publicada em VEJA afirma que 1452 evangélicos escreveram à mesma, a maioria criticando o artigo, mas, habilmente, omitiu tais comentários, ressaltando apenas os que concordaram com Petry, e aí a revista, já tomou o partido dele. Ele não era independente? Então que se defenda, mas a revista preferiu abrir o espaço para isso.

O editor afirma, ao final, que (vejam meus comentários em azul):
1) Citando um dos missivistas, os evangélicos respeitam os gays, mas não concordam com sua práticas. Que novidade?! Estou alarmado por só descobrir isso agora!
2) Já ouviu Silas Malafaia em outras ocasiões sobre assuntos evangélicos, mas ele se enganou ao encaminhar as críticas para a VEJA e não para o autor do artigo. Todos estamos carecas de saber que tais críticas são publicadas como parte da revista, na seção Cartas, então…;
3) Os leitores evangélicos têm liberdade para criticar seus artigos. Que eu saiba sempre devemos fazê-lo, não é uma concessão de VEJA ou qualquer outro veículo.

A esta altura vocês devem estar perguntando: o que houve demais? Onde está a emenda? Vamos lá: VEJA não é tão democrática quanto parece. Diz que houve 1452 cartas, mas na imagem abaixo, da edição de 09/07, a que se seguiu à da coluna em apreço no primeiro post, vemos que a contagem está errada. Ela mostra as mensagens enviadas na revista anterior:
Foram 60 ou 1452, sem contar as mensagens de apoio a ele? Parece que uma mentira está em curso… Por que em meio a tantas mensagens VEJA publicou somente uma? Uma que era água com açucar? Nem criticava diretamente, nem defendia? Tendenciosidade?

Para tentar esclarecer o que realmente houve, se é que podemos usar estar palavra, Petry reservou uma parte de sua coluna desta semana, 16/07, para se referir às “centenas de pessoas que acusaram este colunista de evangelicofóbico, por denunciar a campanha homofóbica de certos evangélicos contra a lei que criminaliza a discriminação dos gays“. Ele pinçou, como compete a um “bom” jornalista e a uma revista “isenta”, três comentários favoráveis à sua causa, feitos por evangélicos, classificando-os de “um clarão de luz”!

Vamos ver esta nova emenda. Primeiro, ele teve o cuidado de distinguir evangélicos de evangélicos, o que nunca fez em seus artigos sobre. Aliás, a revista segue a mesma abordagem, como a mídia em geral. Ele e a revista entendem tanto de evangélicos que ao citar um comentário classificou o missivista como cristão luterano! Qual o luterano que não é cristão!? Segundo, nós não somos homofóbicos. Temos uma posição diferente, baseada na Palavra de Deus, que é nosso guia e regra de conduta e fé. Se André Petry a acha ultrapassada, problema dele. Não queimamos gays na fogueira, nem hoje nem na história, nem aconselhamos ninguém a fazê-lo!

Como disse no outro post, queremos ter o direito de criticar e ser criticados. Como boa parte dos 1452 (Será? Já duvido do número!) leitores o fizeram. O que não poderá ocorrer com a aprovação do PL 122/06. Aliás, o Petry diz que foram centenas de leitores, logo corrobora o erro da contagem da revista.

Termina sua coluna falando em bom senso, segundo ele existe para todos, ou seria para os outros? Aliás, quando a mídia falar esta palavra sobre nós, fiquem alertas. Eles só não usam o bom senso para nos compreender. Para exemplificar, quando vocês viram uma resenha em VEJA, sobre o lançamento de um álbum de cantor evangélico, mesmo uma Aline Barros da vida. 1452 (Será? Tenho dúvidas!) leitores agradecem.

Pois é, amigos, a emenda ficou pior que o soneto! Como eu sei que VEJA não publicaria o conteúdo desta resenha o fiz aqui.

Fonte: Blog do Daladier http://daladier.blogspot.com/

Excelente Daladier!

 

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2 comentários

  1. .

    Na revista seguinte, onde se publica os comentários recebidos da revista anterior, havia quase três mil emails recebidos. Então deduz-se que a metade eram de evangélicos.

    Entretanto, Silas Malafaia comentou sobre a coluna do AP somente uma semana depois. E nós, blogueiros que somos a vanguarda da informação evangélica, já tínhamos protestado antes do Silas Falar.

    Na minha opinião a Revista Veja ainda é a melhorzinha do Brasil, se formos compará-la com a Época que repercute o ranço dos Marinho contra os crentes e a Isto é que publica qualquer coisa, basta que $ entre no meio. Mas, com bastante crítica a VEJA pode ficar ainda melhor. Não porque ela seja boazinha, mas porque entre seus leitores estão de 25 a 40% de pessoas evangélicas.

    Uma coisa deve ficar clara, A.P o colunista da VEJA mora escreve de Nova York, ele não sabe nada sobre os crentes Brasileiros, mas a julgar pelos crentes que ficam enviando emails para revistas a “mando” de pastor, vai acabar descobrinho que ali tem gente que ainda não pensa.

    Vou terminar dizendo que estou orando e também pedindo oração para o Pastor Silas, ele está na sua fase mais vulnerável, que é a fase da fama. Tem um versículo bíblico que preocupa-me muito na Bíblia: aquele que Deus diz: “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei…”Isaías 42:8. Basta que Deus retire a graça de um homem por dois segundos, para que o diabo destrua toda a vida dele.

    Jesus era sábio: quando a fama aumentava ele se recolhia. Mas isto não tem acontecido com os pastores que conhecemos. Tem?

    .

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