Tonny Bellotto está bravo. Ele não concorda que a expressão “Deus seja louvado” seja impressa nas cédulas de dinheiro. Segundo ele vivemos em um estado laico. E, estado laico significa “que é independente em face do clero e da igreja, e, em sentido mais amplo, de toda confissão religiosa”
Ele diz que “num país de população tão múltipla e miscigenada, não seria mais plausível que se inscrevesse nas notas de real: “Que Deus, Alá, Tupã, Oxum etc sejam louvados por quem os louva. E que não o sejam, por quem não os louva”? Claro, pois os ateus, agnósticos e descrentes são tão brasileiros e usuários do dinheiro quanto os crentes e praticantes religiosos. Talvez fosse melhor não haver inscrição religiosa alguma, certo?
O músico-escritor-marido-da-Malu-Mader diz que isso é um espécie de propaganda do cristianismo.
“Não se deve fazer propaganda em dinheiro. Ou seria admissível um Beba Coca-Cola nas notas de real? Nunca entendi por que um estado laico, como o brasileiro, ostenta numa das paredes da câmara dos deputados, em Brasília, uma imagem do Cristo crucificado. Você não tinha notado? Tente perceber, quando a televisão mostrar alguma sessão na câmara. Ou se tiver oportunidade de visitá-la pessoalmente.
Não seria mais plausível que se entulhasse a sala projetada por Oscar Niemeyer com imagens, além do Cristo, de Iemanjá, Maomé, Nossa Senhora Aparecida, Buda etc? Talvez fosse melhor não haver imagem religiosa alguma, certo? A parede da câmara dos deputados não é lugar para se fazer propaganda. Ou seria admissível um Compre as Legítimas Sandálias Havaianas na parede da casa em que se discute a política do país?”
Se o baterista dos Titãs tivesse lido o prêambulo da Consituição Federal do Brasil não teria falado tais impropérios, pois nela está escrito:
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.”
Isso que dizer que a Constituição também está fazendo propaganda de Deus?
Ela também é tendenciosa?
Ela é exclusista?
Não, ela declara a existência de um Deus soberano.
Portanto, a Carta Magna do Brasil é laica, mas não é anti-cristã ou anti-teísta!
Se o colunista da Veja está tão irritado com o fato de a expressão “Deus seja louvado” inscrito nas cédulas de dinheiro, é melhor, então, que ao invés de se insurgir contra o Banco Central, ele tente mudar a própria Constituição, pois o Constituinte originário acreditava em Deus.
Será que é impressão minha ou estamos vivendo num Brasil onde ser Cristão está se tornando “inadequado”? (Isso pra não dizer crime, anti-moderno, e até perigoso) Eu sempre soube que o PT nada mais é do que uma quadrilha, mas daí a promover e criminalização do cristianismo já é demais. Nós temos mesmo é que orar e jejuar para nos prepararmos para as perseguições que estão começando a despontar nos horizontes brasileiros. Parabéns pelo seu blog, uma luz no fim do túnel.
É… por certo ele queria que lá estivesse escrito “Tonny Bellotto seja louvado”.
Ter escrito que Deus seja louvado não fere o direito e a crença de ninguém, pois não especifica religião alguma, e nem fere os ateus também, pois eles não acreditam em Deus algum!
Agora quanto à presença de uma imagem de Cristo crucificado em repartições públicas e na própria Câmara dos Deputados, creio ser um erro jurídico sim, pois trata-se de uma representação clara do catolicismo romano, única igreja cristã que adota o uso de imagens (a ortodoxa grega usa apenas figuras e vitrais).
No demais, o Preâmbulo Constitucional e a frase “Deus seja louvado” estão aí firmes e fortes. Amém.
Abraços fraternos. Saúde, graça e paz em sua vida amado irmão.
Anchieta Campos
Contra o nome de Deus, e contra o cristianismo, as vozes se levantam uníssonas, seja da música, arte, livros, etc.
O que é que esse “músico-escritor-marido-da-Malu-Mader”. rs, entende da complexidade de um estado laico?
Estado laico é a mesma coisa de estado sem Deus?
Estado laico é o mesmo que um estado entregue à própria sorte?
Estado laico é o mesmo que um estado tirano, onde a vontade humana sobrepõe qualquer expressão de outros seres humanos que crrêm em Deus?
Estado laico é a mesma coisa de estado da vontade da minoria elitista?
Estado laico é o mesmo que estado entregue aos caprichos de meia dúzia de pseudointelectuais que aprendem sempre e nunca chegam ao conhecimento da verdade?
O que temos ouvido e lido por parte de alguns pseudoescritores, é que o Estado laico desejado por eles, é um lugar onde o nome de Deus e tudo relacionado à Ele (principalmente o cristianismo) não exista, ou seja reprimido.
Que estado lamentável.
Muito bom!
Deus abençõe!
Jesse,
Não é impressão, é uma realidade. Atualmente, todos os ísmos são permitidos (xintoísmo, ambientalismo, feminismo, islamismo, etc), menos os cristianismo.
Anchieta,
Ótima intervenção!
Marcos,
O músico-escritor-marido-da-Malu-Mader, entende de estado laico tanto quanto conhece de física nuclear.
Depois, sai com esses artigos medíocres, melosos e ateus, tentando convencer os leitores.
No mais, as suas indagações respondem ao desvario do Bettolo, ops, Bellotto.
Valeu pela participação.
Tonny Bellotto deveria saber que o estado é laico e não ateu.
Eh incrivel como alguns artistas agem, talvez pelo lado “estado laico” que vivem, numa bolha laica e com amigos tbm laico, mais o Deus soberano eh louvavel sim, não somente nas notas de dois reais
mais em tudo que ele criou, e mais um motivo para que ninguem chegue no juízo final e diga q nunca ouviu falar de Deus, nem mesmo vc … como eh o nome mesmo?! vou ver lah em cima…
…sim, músico-escritor-marido-da-Malu-Mader, se fosse um outro “Deus”(q não existe) não teria nome algum na nota…
Eu sou evangélico e entendo o que o cara kis dizer. Se na nota de 100,00 estivesse “Louvada seja Maria, mãe de Deus” os evangélicos ja iriam criar um auê…
Sejamos mais imparciais e menos fanáticos.
O Sr Tony Belotto tem todo direito de expressar sua opçao “não religiosa”, porém, que virou “modinha” os famosos criarem extremos sobre sua crença! Ou colocam o nome de Deus em todas as frases ou se acham maiores que Ele, associando personalidades que se deram bem na vida financeira e material os que são, ou eram ateus. Será que é só isso que importa em nossa existência aqui na Terra? É um conceito de vida muito “pequeno”…
Viva a República Cristã do Brasil!!! Depois se diz q o país é um Estado Laico!! Mas que piada!!! Um Estado Laico realmente não é ateu, mas tb não é religioso!! Um Estado Laico é neutro!! Se fosse realmente Laico não mencionaria nada da palavra “Deus”!! Nem bem, nem mal!!! Esses constituintes devem ter bebido muito antes de fazerem essa Constituição e botaram essa frase aí!!!
Não concordo com o que ele diz (apesar dele ser meu idolo),mas o problema é dele se ele nao acredita…e uma correçao..ele nunca foi,não é e Jamais será BATERISTA…
Olha só… sei que o post é antigo, mas vale ressaltar que o Tony é guitarrista dos Titãs, e não baterista.
No mais, sempre esse mimimi religioso “oh coitadinhos perseguidos”.
“O povo brasileiro tem que louvar, servir e ser fiel ao seu PAÍS – BRASIL – e nao a alguma Religiao.”
“menos RELIGIAO e MAIS EDUCACAO para os BRASILEIROS!!!
Fim ao IMPERIALISMO RELIGIOSO MERCENARIO!!!
Veja o video “Religulous” : http://www.documentarytube.com/?p=145
Tenho lido e me informando sobre a laicidade do estado brasileiro recentemente. É verdade que está na Magna Carta da República Democrática que seus constituintes a promulgaram sob proteção de Deus. Aliás, essa é a única menção a Deus em toda a legislação brasileira vigente.
Creio que deixaram passar tal menção por pura ignorância do que subscreviam, ou por não serem, eles mesmos, enquanto homens públicos, laicos como o estado do qual fazem parte. Isso é um erro grave e um atestado de que a classe política não atenta para seus deveres com o Estado republicano e laico que é o Brasil.
Há uma grave confusão entre a vida privada de uma pessoa pública e a sua representação pública: ao entrar nas casas legislativas, nos foros ou nos gabinetes, aquele homem privado, que pode professar quaisquer credos que lhe couber, deixa de ter esse direito em detrimento do dever de não manifestar nenhuma posição, predileção ou repúdio a uma ou outra crença religiosa.
Erra quem pensa que o estado deve respeitar todas as crenças através de uma longa apologia de todas as religiões. Não deve preconizar nenhuma: Religião não é assunto de Estado tanto quanto Estado não é assunto de Religião. Me explico. Se a parede do congresso será contemplada com um cristo crucifixo, então o cidadão muçulmano, que tanto quanto o cristão elege seus representantes, terá o precedente de querer uma mensagem do Corão, digamos; o Congresso Nacional é coisa pública ‘res publica’ donde deriva República. A coisa pública é de todos e não pode ser mais de uns do que de outros, mesmo que a Democracia não seja laica, e sim ecumênica, a Constituição diz que a República é.
As menções religiosas em documentos público, como é o caso das cédulas monetárias é sim inconstitucional e, como a menção diária a Deus na abertura da sessão do Congresso e os enfeites dos prédios públicos, uma prova de que faz-se leis no Brasil para que sejam desobedecidas, agravado ainda pelo fato de o fazerem aqueles que deveriam canalizar o poder que emana do povo na Democracia.
A Constituição existe para que minorias sejam protegidas e a unidade Nacional seja mantida, já que esta, como uma corrente, sempre será tão frágil quanto seu elo mais fraco.
Portanto concordo com o músico Tony Belloto e discordo de ti. Teus argumentos são um grande silogismo e uma tentativa vã de inversão: a ironia da tua palavra é tão verdade que só prova o quanto és cego. Sim, faz propaganda, é tendenciosa, mas não é ‘exclusista’, se é que eu entendo o que queres dizer com essa palavra, no entanto poderia até ser exclusivista. Certo é que não é da alçada do Estado falar de Deus, quiçá qualifica-lo soberano. Os homens naquela sala, naquela data, provavelmente, como atesta o texto da Constituição, acreditavam em Deus, mas cometeram o gravíssimo erro de colocar suas vontades pessoais acima dos votos que faziam ao assinar sobre aquela carta.
É essa falta institucionalizada de compromisso com as próprias palavras que dão margem a argumentações distorcidas e preconceituosas de quem julga-se acima de qualquer suspeita e acha-se no direito de julgar os outros, como você fez, Valmir.
Alguns dos comentários mencionam que o estado é laico e não ateu. É verdade, mas isso em nada corrobora as menções a Deus em documentos públicos e na lei. Se o estado fosse ateu a cédula conteria os dizeres: “Deus não existe”. Não é isso que Tony Belotto propõe. Um estado laico não deve fazer menção a religiões em específico. Por exemplo poder-se-ia ter escrito na nota: “Faça o bem”, “Trata aos outros como gostaria que te tratassem”. Até aí tem-se algo aceitável de um Estado laico. Em outros foruns e blogs, que não me darei o trabalho de linkar agora, vi pessoas sugerindo frases como “Cultive uma espiritualidade”, frase esta que considero invasiva a privacidade individual, pois pressupõe a existência de uma metafísica humana natural, posição que não contempla os ateus, vertente de pensamento que o estado deve preservar.
É importante dizer que, tendo lido outros post deste blog, entendo existirem motivação para as posições do autor neste, e essas posições são condizentes e homogêneas com o restante do conteúdo do blog. É bom saber que a pessoa com quem converso pelo menos mantém-se fiel a uma linha argumentativa, por mais que eu desta, por vezes, discorde; parafraseando Voltaire.
O Estado é Laico. Realmente, ele não pode subvencionar igrejas, nem fazer associações com instituições religiosas. Porém, não se esqueçam que Deus não é uma religião! Religião é invenção do ser humano.
Que problema há em reverenciar Deus?
Olá! JERE, que opinião sensata! Parece que foste o único evangélico que entendeu a idéia aqui…
“Eu sou evangélico e entendo o que o cara kis dizer. Se na nota de 100,00 estivesse “Louvada seja Maria, mãe de Deus” os evangélicos ja iriam criar um auê…
Sejamos mais imparciais e menos fanáticos.”
Endosso cada palavra! SEJAMOS MAIS IMPARCIAIS E MENOS FANÁTICOS!
Abraço a todos!