![]() Foto: Thiago de Lima e Fernanda Freire seguem os preceitos de sua igreja com alegria e convicção (Revista Isto É) |
A matéria veiculada pela Revista Isto É sob o título “A fé da juventude“, que reuniu alguns estudos feitos no Brasil sobre o perfil religioso do jovem brasileiro, é mais uma comprovação de que a religiosidade, compreendida como a ligação entre o físico e o metafísico, curvou-se de maneira irrestrita aos pressupostos descabidos dos tempos pós-modernos.
Pelo fato das pesquisas terem sidos feitas com uma quantidade pequena de amostragem, elas somente sinalizam a perspectiva da juventude brasileira no que tange à espiritualidade, porém, e apesar disso, é possível perceber nitidamente algumas características comuns impingidas ao pensamento global, servindo como alerta ao jovem cristão inserido nesse contexto.
Eis algumas características do perfil do jovem religioso brasileiro constatado pelas pesquisas:
- O jovem escolhe professar uma determinada religião por iniciativa própria, não por orientação familiar ou costume;
- Crescimento dos crentes sem religião (ou crentes sem igreja);
- A fé é mais antropológica do que teologal;
- A religião é escolhida por uma questão de gosto;
- Aversão às instituições religiosas formais;
- Prática ecumênica;
- Ausência de valores morais;
- Ausência de compromisso.
Portanto, vê-se claramente por esses estudos, que a religião é considerada mais como uma questão de conveniência do que de Verdade, onde as instituições formais da religião são cada vez mais relegadas.
As características acima apontadas são próprias desse contexto, onde os presságios da pós-modernidade adentraram ao âmbito da teologia. Silas Daniel, em A Sedução das Novas Teologias (CPAD), denomina esse fato de “demandas” da pós-modernidade, com os seguintes aspectos: (1) a “necessidade” de relativar os dogmas; (2) a “necessidade”de romper com as instituições; a “necessidade”de desconstruir sistemas e (4) a “necessidade do prazer como sentido da vida.
Segundo ele “entorpecidos por essas falsas necessidades que nos são impostas, muitos cristãos no Ocidente estão flexibilizando sua fé, mudando sua mentalidade em relação à Bíblia, à Igreja e a Deus, e isso, infelizmente, já está acontecendo também no Brasil. Esses cristãos, cujo número cresce cada vez mais, são os seguidores do que denominamos teologias pós-modernas, que nada mais são do que tentativas de adaptar o evangelho a essas ditas “demandas”, ou seja, aos princípios da pós-modernidade.
Outro ponto abordado por Silas Daniel no livro acima mencionado e que ficou evidente nas pesquisas é a aversão de alguns religiosos às instituições formais, fato esse compreendido pela teologia como “Igreja Emergente”. Como escreve Silas “Igreja Emergente ou Igreja Pós-moderna, como também é chamada, é um movimento nascido no meio evangélico e que procura atrair cristãos influenciados pela pós-modernidade, principalmente aqueles cristãos sem igreja ou que se definem como desiludidos ou insatisfeitos com sua igrejas ou com todas as igrejas. Gente que se diz cansada ou frustrada com a organização e a tradição de suas denominações (o que chamam invariavelmente de “legalismo”, termo que também tem outros sentidos para os emergentes) e com o “sistema” e “jeito de ser” do meio evangélico”.
Basicamente, vislumbra-se a tentativa de uma libertação do “homem religioso” para que esse professe sua fé de acordo que aquilo que acha melhor para a sua vida “espiritual”, afastando-se dia-após-dia dos dogmas da religião e do compromisso. Ocorre que com isso, como disse meu amigo Marcos Antônio Magalhães, cria-se um espécie de anarquismo dentro da religião, onde a pessoa professa determinada fé sem que haja qualquer tipo de regra a ser seguida ou autoridade a ser respeitada.
Em suma, baseado nessa idéia, a religião passou a ser simplesmente um clube social espiritual, cujo foco principal não é Deus , mas sim o próprio homem, onde se reúnem somente para buscarem algo metafísico, sem que lhe seja cobrado algo posteriormente.
ALGUNS NÚMEROS DAS PESQUISAS


Apesar de não acreditar muito em pesquisas, pode-se ver nos resultados a falta de convicção da fé que possuem. Por não procurarem buscar a Deus e conhecer a sua vontade, tornam-se ignorantes na fé e aceitam essas “novidades” que aparecem no meio cristão.
Já li em algum lugar: “As pessoas não estão se convertendo ao cristianismo, é o cristianismo que está se convertendo a elas.”
É como já fora tratado anteriormente: relativização.
Vejo como algo da moda o jovem ter uma fé, professar fazer parte de algum sistema de fé, mas o mesmo não se submete integralmente ao sistema; quer usar o nome do sistema, mas não quer ser um membro fiel do mesmo, seja qual for.
Buscam realmente a comodidade. Procuram o sistema religioso que mais se acomoda aos seus desejos e filosofias, e naquilo que não há concordância passam a discordar ou simplesmente ignoram.
Por fim, a suma do artigo sintetiza de um modo brilhante toda esta realidade.
Destaco somente alguns dados refentes ao nosso meio evangélico, como apenas 88,9% dos jovens evangélicos são contra o sexo antes do casamento; são 11% os que são a favor da prática sexual pré-nupcial. Além de 26% dos pentecostais e 37% dos tradicionais serem a favor da legalização da união homossexual, bem como n[umeros significativos na questão da legalização do aborto. É um relativismo absurdo.
Percebe-se, por fim, que entre os protestantes os pentecostais são os menos relativistas, algo que há muito já era percebido.
Parabéns pelo artigo e blog. Deus o abençoe e use cada vez mais.
Anchieta Campos
Olá Valmir!
Gostaria de comentar uma de suas frases neste post.
“Em suma, baseado nessa idéia, a religião passou a ser simplesmente um clube social espiritual, cujo foco principal não é Deus , mas sim o próprio homem, onde se reúnem somente para buscarem algo metafísico”
Mas não é isso que se vê dentro de alguns templos por aí através de “teologias da prosperidade” ou as “gerações apaixonadas” entre outras vertentes do evangelicalismo?
“sem que lhe seja cobrado algo posteriormente”
Não entendi isso. Algo deveria ser “cobrado”?
Escrevi sobre este artigo da IstoÉ antes de ler seu post.
http://seloti.blogspot.com/2008/06/reinventando-f.html
Parabéns pelo Blog!
Edton,
Como dito, essas pequisas não representam a totalidade, mas demonstram a perspectiva religiosa vigente.
Você citou que as pessoas não estão se convertendo ao cristianismo, é o cristianismo que está se convertendo a elas. Concordo em parte, afinal, o verdadeiro cristianismo, ou a igreja invísivel, organismo, nunca se curva a nada ou a ninguém, quem se curva são os homens levados por seus próprios interesses.
Obrigado pela visita e pelo comentário.
Anchieta,
Como sempre, seu comentário foi acertado.
Você pontuou muito bem esse aspecto da pesquisa, demonstrando que dentro do meio evangélico existe o pensamento relativista, apesar de ser em grau menor q nas outras religiões.
O que me assusta é que ainda existem 26% de “evangélicos” que aprovam a “união homoafetiva”, além de representar o relativismo moral, demonstra, ainda, o completo desconhecimento bíblico.
Na paz
Alexandre,
Obrigado pela visita e pelo comentário.
De fato, o evangelicalismo retirou da liturgia alguns dos pontos essenciais da fé cristã, sobrando basicamenta a emoção e o barulho vazio. Nesse caso, o que se vê, são pregações insufladas de auto-ajuda e não da ajuda divina.
Quando disse “sem que lhe seja cobrado algo posteriormente”, faço referência ao compromisso que todo cristão deve ter com Deus, onde somos chamados a ser luz e sal no mundo, vivendo uma vida de santidade.
Na paz
Muito importante esse assunto, quando se toca no ponto do perfil do jovem cristão, creio eu que muitos teem dúvidas quanto, ao que se pode ou naum fazer e quais erros não cometer, para ter uma vida de santidade com Deus!
MEU IRMÃO,ASSIM COMO DISSE AQUELA MININA A NAAMÃ TE DIGO EU EM OUTRAS PALAVRAS”QUEM DERA QUE OS LIDERES RELIGIOSOS ESTIVESSE DIANTE DE TI”.QUE DEUS TE ABÊNÇOE Á CADA DIA ,POIS EU CREIO MESMO SEM TE CONHECER DEUS TEM UMA GRANDE COISA PARA REALIZAR NA TUA VIDA.”ESPERA SÓ UM POUQUINHO” .
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COMO ASSIM??? Nossa que quantidade absurda de jovens evangélicos que apoiam “aberrações” totalmente anti-bíblicas como união homosexual, aborto, e até pena de morte!!! Qual é a Bíblia que essa turminha tá aprendendo? Cadê as lideranças?
Evitar o debate destes assuntos nas igrejas só pioram as coisas, pois esse espaço é preenchido pelos “amiguinhos” do mundo e os tendenciosos meios de comunicação…
Vamos debater sim!!! Mas sempre tendo a “PALAVRA” como base…