O Lula esbravejou. Disse que a saída da Ministra foi uma ação espalhafatosa com intenções eleitoreira e fins políticos. Sei não, esse é mais um daqueles pronúnciamentos de improviso do sr. Presidente.
A questão é que há tempos não se via um alvoroço tão grande na saída de alguém do primeiro escalão do governo federal. Maior barulho que esse somente aquele da “expulsão” do José Dirceu. Alguns ministros, inclusive, saíram, ou até mesmo entraram sem ser notados (Um doce para quem lembrar o nome do Ministro do Ministério da Pesca).
O bom é que a Marina deu o seu recado, agiu com profissionalismo sempre comprometida com o princípios cristãos. Até mesmo os organismos internacionais de defesa do meio ambiente ficaram preocupados com a sua saída.
Marcelo Leite, da Folha, disse que esteve no máximo meia dúzia de vezes com ela. Em todas as ocasiões comportou-se como pessoa absolutamente íntegra e gentil. Trata com deferência e atenção até aqueles que a criticam com freqüência. Projeta em público uma imagem de retidão e inflexibilidade que não corresponde, a julgar por sua gestão no ministério, à capacidade de negociar e fazer compromissos de modo discreto, mas fixando limites claros, além dos quais não se dispõe a prosseguir. Alguém capaz de dizer, enfim, que estava disposta a perder a cabeça, mas não o juízo. Rola agora a cabeça da ministra, mas sua volta ao Senado vai aumentar consideravelmente o teor de juízo na Casa.
É assim.
Cristão comprometido quando sai, deixa saudades!
Ps. A foto demonstra Marina Silva em Xapuri na década de 80