Galileu e o seu “experimento científico-religioso”


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Vez ou outra me pergunto se a Galileu é uma revista de ciência ou de religião. A indagação se deve ao fato de que reiterada vezes tal expediente editorial aborda temas sobre a fé e a vida cristã, geralmente em tom pejorativo.

A última capa da revista leva-me a entender que Galileu está mais para uma empulhação anti-teísta do que para um trabalho sério com foco em matérias e reportagens bem elaboradas sobre a verdadeira ciência.

Como se vê na imagem acima, em sua derradeira capa Galileu traz a pergunta: “Dá para viver segundo a Bíblia hoje?”.

A matéria principal traz em seu bojo uma espécie de experimento, onde Cláudio Júlio Tognolli, um jornalista devoto de Darwin e Richard Dawkins, foi escalado para fazer aquilo que eles chamam de uma tarefa quase divina. Eis a missão:

“durante dois meses, nosso repórter tentou viver segundo os mandamentos e regras da Bíblia. Cheio de interrogações dentro de sua caixa craniana, ele buscou respostas junto a religiosos e especialistas nos textos sagrados. Afinal, dá para levar tantas determinações de Deus ao pé da letra no insano século 21?

Qual o resultado da missão?

Uma verdadeira novela de ataques jocojos à Bíblia Sagrada. Vejamos uma declaração do homem-cobaia:

“Começa aqui uma contradição que contrapunha à minha vida dois salmos. Afinal, Jeremias 13:23 sugere que o leopardo não pode mudar as suas manchas. Bem, costumo ir à academia de ginástica todos os dias, tentando perder a barriguinha. Pior: vi que a sunga utilizada para a empreitada tinha 3 tipos de fibra. Larguei a academia e fui buscar cuecas de algodão. Mas a única que tinha em casa era uma importada que foi deixada por uma ex-namorada que adorava usar peças íntimas masculinas. Não me julgue mal (não julgueis para não serdes julgado, diz Mateus 7:1). A solução foi comprar cuecas novas. Torrei mais de R$ 150. E meus membros doíam com a falta da academia.”

No final de seu experimento cientifíco, Tognolli conclui:

“O que levo disso? Talvez a certeza de que posso montar o meu Deus pessoal como um prato de restaurante a quilo.” Não sei, não, mas acho que ele já tinha pensado em concluir a matéria desse jeito, quando encarou a pauta. Fazer o quê?”

No momento, ante a falta de tempo, não emitirei análise do experimento científico da Revista Galileu, simplesmente gostaria de saber o que você – leitor – acha de tudo isso?

Ps. As citações foram retiradas do blog http://www.michelsonborges.com.

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4 comentários

  1. Nério,

    Ambas são farinha do mesmo saco!

    Não há dúvidas de que como revista, devem procurar lucro. Porém, às vezes baixam o nível intelectual em busca de lucro.

  2. Concordo com vcs dois! Ambas revista são pseudo-científicas, a primeira mencionada (Superinteressante – só de falar fiquei até com sono), geralmente sai com matérias de capa sobre religiosidade – sempre com sentido pejorativo quanto à mesma.

    isso prova que não passam de pseudo-cientistas, buscando expôr matérias ateístas em seus artigos, que só serve para o deleite dos leitores de mesma espécie.

    Se eles não se consideram ateus, então ou têm medo ou raiva de Deus, buscando até se expressar de forma ridícula, tudo para prejudicar a fé n’Ele por parte de Seu povo na Terra.

    Ai deles…

  3. BARROCO CIBERNETICO – JORNALISMO – MARCELO – GUSTAVO – CIÇA – ESTETICA – COMUNICAÇÃO – MASSA
    A literatura foi o canal de expressão do homem desde que ele aprendeu que escrevendo é possível sair das páginas e viver para sempre. O homem foi colonizador, barroco, árcade, romântico, e expressou o estado de sua alma de forma tal que, hoje, vemos perfeitamente as escolas literárias demarcadas por períodos e características.
    Mas, e agora? – sempre pensei. O que resta a nós, indivíduos fragmentados, superficiais? A cultura em que vivemos já não suporta uma unidade de pensamento. Já nem mais é digna de ser chamada “cultura”, isso é só um apelido a nossa fugacidade extrema. Sabemos um pouco sobre tudo. Muito pouco sobre tudo. Repassamos essas poucas informações em grande escala. E pronto. Continuamos na alienação de nosso saber e na fragmentação de nossas relações.
    Hoje, entretanto, comecei a pensar diferente. Entrei em uma livraria, percorri inúmeros títulos contemporâneos e não pude chegar à outra conclusão que não esta (o que, de certa forma, deixou-me feliz): o homem atual é barroco. Um “barroco cibernético”.
    Um barroco cibernético absurdamente incomodado com sua vida cheia de máquinas, trabalho e concreto. Ele contesta igualmente aos outros, aqueles a quem sempre admirei. É dividido igual.
    É dividido entre a frieza da cobrança incessante por sua funcionalidade, e o calor dos sentimentos, cada vez mais longe. É dividido entre o automóvel potente que ele mesmo criou e a paz da vida com a natureza, onde deseja passar as férias.
    É dividido entre a humanidade, seu bem, e a tecnologia, seu mal. E vai se trocando entre antíteses e rebuscamentos para encontrar seu equilíbrio.
    O homem de hoje carrega multidões atrás de seus “códigos”, que trazem a magia e o mistério que sua desilusão já não lhe permite ter. Leva outros milhões que seguem avidamente seus “queijos” e seus “segredos”, soluções para sua angústia interminável e promessas para que finalmente consigam a felicidade através do sucesso.
    Mas que sucesso, que felicidade? Não, o barroco cibernético já não o sabe. Está perdido entre a escuridão da modernidade e a claridade de um mundo distante que nem imagina como é. BARROCO CIBERNETICO – JORNALISMO – MARCELO – GUSTAVO – CIÇA – ESTETICA – COMUNICAÇÃO – MASSA

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