O alcance do evangelho


Por Marcos Guimarães

O evangelho de Jesus Cristo é impressionante, e seu alcance inimaginável. O calor de sua mensagem é capaz de aquecer o coração frio do mais indigno entre os homens, transformar sua mente e seu caráter. A história de três pessoas narradas no Novo Testamento são relatos vibrantes desta realidade. São elas, Maria Madalena, Zaqueu e o gestor dos tesouros de Candace, rainha dos etíopes. A respeito de Maria Madalena, lê-se nos evangelhos que fora possuída por sete espíritos malignos, mas, ao encontrar-se com Jesus, foi radicalmente liberta.

Desde então, seguiu-o, e a seus discípulos, por onde estes andavam anunciando o reino de Deus. Zaqueu era um coletor de impostos, função tão desprezível aos olhos de seus compatriotas que o Talmude, um de seus livros sagrados, classifica os publicanos (como eram conhecidos os coletores de impostos), como salteadores e assassinos e declara que para tais homens não há chance de arrependimento. Pensava-se que nenhum publicano podia ser homem honesto, tão má era a reputação dos que pertenciam a esta categoria.

Mesmo diante deste cenário, Zaqueu procurou conhecer a Jesus e o recebeu em sua casa, foi tocado por suas palavras, e ficou convencido de sua vida mesquinha de engano e usurpação, tomando logo a decisão de restituir o que havia extorquido através de sua profissão. Nos Atos dos apóstolos, livro histórico do novo testamento, não se registra o nome do etíope que conversou com Filipe, um dos evangelistas da igreja primitiva. Lemos a seu respeito, que era administrador dos bens da Rainha dos etíopes chamada Candace (talvez uma insígnia). Este homem Tinha posição social privilegiada, era culto, considerando que estava lendo o rolo que continha o livro do profeta Isaías, certamente escrito em hebraico ou aramaico (língua falada naqueles dias em Israel).

Este homem havia ido até Jerusalém para adorar a Deus. Regressando o etíope de Jerusalém, Deus moveu Filipe, de modo que este o encontrou e lhe falou a respeito de Jesus, começando pelo livro de Isaías. Ele foi tão profundamente tocado pela mensagem do evangelho, que, tão logo encontraram água pelo caminho, tomou a decisão de ser batizado, e ao ser indagado por Filipe se tinha convicção do que estava por fazer, respondeu com firmeza: “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. Os relatos supracitados nos mostram que, a mensagem de Jesus conduz ao arrependimento, atende necessidades e produz fortes convicções. E esta realidade esta disponível pela fé. Ao ser humano cabe crer Nele, buscá-lO com coração sincero e confessa-lO diante dos homens.

A história registra que nos últimos momentos da vida de Napoleão Bonaparte, ele foi enviado a uma ilha que funcionava como prisão, para ali terminar seus dias, tendo se deparado com um exemplar das escrituras sagradas, passou a lê-lo. Após sua morte, encontraram algumas palavras escritas, acerca desta experiência. Acredito que suas palavras acerca de Cristo e de seu evangelho, nos mostrem o seu alcance do ponto de vista de quem se depara com a leitura do Novo Testamento: “tudo em Cristo me deixa perplexo. Seu espírito me intimida e sua vontade me confunde. Entre Ele e qualquer pessoa do mundo, não existe termo possível de comparação.

Ele é verdadeiramente um ser por si mesmo, procuro em vão na história encontrar o semelhante a Jesus Cristo, ou qualquer coisa que se possa aproximar do evangelho. Nem a história, nem a humanidade, nem os séculos nem a natureza me oferecem qualquer coisa com a qual possa compará-lo ou explicá-lo. Aqui tudo é extraordinário!”. Cuiabá, 07/02/2007

marcosguimaraes.mt@gmail.com
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