Novas armas, Velhas artimanhas


Por Marcos Guimarães
A inconsistência no estudo sistemático das escrituras sagradas e o abandono das doutrinas fundamentais da fé cristã, tem levado muitos cristãos a aceitarem como doutrinas, práticas que após “espiritualizadas” tem sido facilmente assimiladas como doutrinas bíblicas. Estas por sua vez, revestidas de velhas artimanhas tem prejudicado sensivelmente o crescimento espiritual de muitos cristãos.

As velhas armas
Durante a caminhada da igreja, identificamos o nosso adversário lançando mão de diferentes armas. Nos primeiros séculos, a mais contundente foi tentar fazer do cristianismo uma mera ramificação do judaísmo, incorporando costumes e práticas judaicas aos novos conversos, tais como, a guarda do sábado, a obrigação da circuncisão e a observação de práticas dietéticas especifícias ao povo judeu.

A segunda arma foi a perseguição. Milhares de cristãos tiveram suas propriedades confiscadas, foram mortos ao fio da espada, jogados às feras, feitos espetáculo deste mundo como assinalou o apóstolo Paulo (1 Cor. 4:9). A igreja venceu e cresceu de maneira impressionante.

Paganismo e Secularismo

No limiar do terceiro século da era cristã, houve uma tentativa quase triunfante do inimigo para estagnar ou prejudicar a caminhada da igreja de Cristo, através de duas frentes principais. Quando o cristianismo foi alçado a religião oficial do império por decreto do imperador Constantino, resultou-se em uma organização mística, que cristianizou o paganismo, lançou mão da veneração de ídolos, estabeleceu a figura do “Pai” da igreja, na ocasião o bispo de Roma, uma cópia disfarçada da veneração ao imperador romano; entre outras práticas condenáveis.
Em ação quase simultânea, a doutrina dos apóstolos foi bombardeada pelo agnosticismo, pelo arianismo, entre outros ensinos que tentaram corrompê-la. O apóstolo Paulo alertou Timóteo com insistência (II Tim. 2:15-18). Durante os próximos séculos, o mundo viu a ascendência de uma organização religiosa corrompida e seduzida pelo poder, que estabeleceu dogmas que eram uma tentativa arrogante de suprimir as verdades bíblicas. O cristianismo viveu dias tenebrosos.
As novas armas
As armas diabólicas de hoje, tem um misto de tudo o que já foi usado no passado, aliado à velha artimanha do engano, tais como, a exaltação do espiritualismo e do papel dos anjos, auto-ajuda disfarçada de evangelho, porém, considero que nenhum ensino tem sido tão prejudicial, quanto a onda de “triunfalismo”, que propalada sob a égide da teologia da prosperidade, promove seus veiculadores, estimulam a emoção, produzindo feridas psicológicas e espirituais que podem comprometer seriamente a teologia pentecostal.

Vencendo as artimanhas malignas
O apóstolo Paulo nos exorta “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo (Ef. 4:14,15)”.

Não vejo outro objetivo de Deus com a igreja na terra, a não ser refletir por ela um ambiente livre de toda sorte de modismos e práticas místicas, para que os pecadores se arrependam e venham ao conhecimento da verdade.
No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo (Ef. 6:10,11). Esta é a minha esperança para um ano novo de muitas vitórias espirituais.

marcosguimaraes.mt@gmail.com
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