Para entendermos a velocidade com que as mudanças no âmbito religioso estão acontecendo, e o quanto estas têm influenciado tão profundamente o pensamento cristão ocidental, temos que compreender o desenvolvimento da globalização e da internet.
Globalização
Grande parte dos historiadores afirma que o processo de globalização teve início a partir dos séculos XV e XVI com as grandes navegações e as descobertas marítimas. A partir de então, o homem europeu estabeleceu relações comerciais e culturais com povos de outros continentes. Contudo, somente após a queda do socialismo no final do século XX e o avanço do capitalismo é que a globalização efetivou-se.
No Século passado, portanto, identificamos o crescimento espantoso das empresas, queda das barreiras políticas e econômicas, o avanço do multiculturalismo, das tecnologias, a solidificação das instituições bancárias, e a formação de blocos econômicos (União Européia, Nafta, Mercosul, etc.).
A queda do muro de Berlim em 1989 na Alemanha, marcava o fim da guerra fria, e a ascensão do capitalismo e da globalização. Para atender à demanda crescente do capitalismo, surgiram novas ferramentas tecnológicas, entre elas a internet.
Internet
A internet nasceu de uma experiência militar norte-americana para conectar computadores em várias partes do mundo, estendeu-se às universidades, e hoje é uma imensa rede de redes que se estende por todo o planeta. Os computadores são interligados através de rádio, linhas digitais, satélite, fibras-ópticas, linha telefônica, entre outras formas de conexão. Isso já estava no cronograma divino “e a ciência se multiplicará” (Dn. 12.4).
Através da internet, o homem pode estar virtualmente presente em toda a parte do planeta, as pessoas podem se comunicar de maneira eficiente, divulgar sua cultura, seu conhecimento e seu pensamento religioso.
E a fé neste cenário?
O evangelho de Jesus Cristo é universal. Temos uma ordenança para que ele seja anunciado em todo o mundo, para toda criatura (Mc. 16:15).
O teólogo Esequias Soares destacou em um comentário das lições Bíblicas no 3º trimestre de 2000, que o evangelho é uma mensagem globalizada, e que o cristianismo é transcultural, ou seja, o evangelho está acima das culturas. E, portanto, pode perfeitamente atender às necessidades e anseios gerados pela pós-modernidade.
O homem pós-moderno se tornou vazio, materialista, carente de vida espiritual. Um retrato da igreja de Laodicéia (Ap. 3:17).
Estatísticas
O teólogo já citado, ainda destaca que, existem atualmente mais de 6 bilhões de seres humanos, distribuídos em mais de 1.739 grupos étnicos ao redor do mundo. Dados estatísticos nos mostram que cerca de 33% dos moradores da terra ainda não ouviram falar de Jesus. O quadro é mais ou menos assim: 2 bilhões de pessoas seguem o Cristianismo, incluindo os cristãos nominais; 2 bilhões já ouviram falar de Jesus pelo menos uma vez e 2 bilhões nunca ouviram falar de Jesus.
Estamos iniciando o século XXI com 2.500 missionários transculturais brasileiros, de todas as denominações, em mais de 70 países de todos os continentes, com 13% deles na Janela 10/40. É muito pouco. No mundo todo, segundo dados do livro Intercessão Mundial, há 76.120 missionários protestantes estrangeiros num total de 138.492, incluídos os missionários que atuam em seus próprios países. Eis a estatística desse mundo globalizado, com todos os recursos disponíveis. Isso mostra o tamanho do nosso desafio.
Anunciando o evangelho globalmente
Além dos métodos já conhecidos de evangelização, a internet é uma excelente oportunidade, pois permite que milhões de pessoas em todo o mundo ouçam ao mesmo tempo o evangelho: “a sua palavra corre velozmente” (Sl. 147.15).
Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa (Jo. 4:35). Podemos anunciar o evangelho até os confins da terra, mesmo estando em Jerusalém. Pense nisto!
Referências:
SOARES, Ezequias. Missões transculturais no séc. XXI. Disponível em: http://www.ejesus.com.br/conteudo.php?id=5533. Acesso em 13/10/2006.