NÃO LEIAM ESTA PARTE!!!
Shakespeare
Apesar do conselho mencionado no título deste capítulo, você não foi capaz de ficar sem lê-lo. Afinal, você sentiu um desejo ardente de descobrir o que estava escrito nesse texto proibido, malgrado o meu alerta.
Talvez o caro leitor tenha tentado resistir. Suponho que tenha lido todos os outros capítulos deste livro. Imagino até que foi ainda mais longe, conseguiu até mesmo fechá-lo na luta contra esse desejo desenfreado e essa curiosidade insaciável. Mas você não conseguiu e aqui está a perlustrá-lo.
Foi exatamente isso o que Adão e Eva sentiram quando estavam no Jardim do Éden. Deus os colocou nesse jardim, e deu a eles a possibilidade de comerem de todas as frutas que ali havia, menos da árvore da ciência do bem e do mal, pois certamente morreriam (Gen. 2:17).
Imagino que Adão e Eva devem ter agido como você leitor (a recíproca é verdadeira).
Andou de um lado para o outro.
Comeu de todas as outras frutas.
Desfrutou de tudo que podia.
A curiosidade era enorme. O desejo gigantesco.
E o trágico final todos já sabem.
Mas não são poucas as pessoas que tentam se eximir da culpa do pecado dizendo não terem nada haver com Adão e Eva e com o que fizeram no Jardim do Éden há algum tempo atrás.
Sam[1] também pensava assim.Ele cortava árvores todos os dias, e sempre que o patrão chegava ouvia ele dizer:
– Ah, Adão! Ahh, Adão, Ahh, Adão!
Um dia o patrão perguntou:
– Por que você geme “Ah, Adão!” sempre que está aqui cortando árvores
– Porque se Adão não tivesse pecado, eu não teria de fazer esse trabalho extenuante,
que faz parte da maldição.
Então o patrão diz a Sam:
– Venha comigo.
Ele levou Sam ao seu palácio que tinha uma quadra de tênis, uma piscina, uma empregada e mordomo.
– Tudo isto é seu Sam – ele disse. – Você nunca mais precisa se queixar. Eu lhe dou tudo isso, um ambiente perfeito.
Sam não conseguia acreditar. O patrão diz:
– Agora você pode desfrutar de tudo isso o tempo todo; mas tem uma coisa. Há
uma caixinha sobre a mesa da sala de jantar. Não toque nela.
Sam foi e jogou tênis todos os dias, nadou e convidou os seus amigos; mas depois de algum tempo ficou chateado. Havia apenas uma coisa naquela casa que ele não conhecia: a caixinha sobre a mesa de jantar. Ele se aproximou, examinou a caixa, mas então se lembrou: “ Você não pode tocar nela. Não toque nela”.
Mas todos os dias Sam passava e via a caixa. Um dia, finalmente ele não resistiu. “Eu preciso descobrir o que há nessa caixa” pensou. Ele se aproximou e abriu a caixa e de lá saiu voando uma pequena traça. Ele tentou pegá-la, mas não consegui.
Quando o patrão descobriu que a caixa havia sido aberta, mandou Sam de volta à floresta para cortar árvores. No dia seguinte, o patrão ouviu-o gemendo:
– Ah, Sam! Ahh, Sam! Ahh, Sam!
A síndrome
Tem-se denominado essa rebeldia contra algo sabiamente proibido de “A síndrome de Adão”. Pelo que a psiquiatria qualifica síndrome não apenas como um problema ou uma doença isolada, antes como o conjunto de determinados sintomas que resultam em certa modalidade patogênica. Assim, o conceito de síndrome distingue-se nitidamente da idéia de uma única doença ou problema. Uma mesma síndrome pode ser caracterizada por diversas doenças.
O conceito de síndrome encaixa-se perfeitamente nos atos de Adão e nos nossos também. Se fossemos listar alguns erros, começaríamos pela descrença, rebeldia e a conivência com o erro.
O tempo não é divisor de águas entre nós e Adão. Então, se formulo essas indagações contextualizando o tempo presente, todas as respostas seriam – sim -. Afinal, sejamos francos em reconhecer que apesar dessa síndrome ter inicio logo nos primeiros passos do homem, é agora, no presente século, que vislumbramos claramente a proliferação desse mal sem nenhuma máscara.
Para a cultura moderna, não existem verdades absolutas, somente relativas. A serpente que enganou Eva continua com sua oratória enganosa, levando consigo milhares de pessoas à ruína, para bem longe da presença do Criador.
“As vezes dá vontade de mandar fazer uma camiseta com os seguintes dizeres: Sou minoria, Sou heterossexual, Sou honesto e Monogâmico. – Porque as vezes a gente se sente como se fosse um estranho no ambiente em que vivemos. A exaltação do homossexualismo, do adultério, da desonestidade, das falcatruas… e a que vive só com a esposa e não queremos outra, as vezes nos sentimos como um estranho”. [2]
Assim como Sam, para a cultura moderna o que vale é fazer o errado na busca em de desvendar o que esta dentro da “caixinha”. Todos pensam que encontrarão a felicidade e alegria dentro dela, mas no fim acharão uma simples traça. A barata da tristeza e do choro. O inseto que mostrará a realidade do mundo invisível, porém real.
Contudo, existe a outra face da moeda. A cura para a Síndrome! O único antídoto capaz de curar a síndrome e transformar o doente.
E o interessante é que a Bíblia chama-o de “último Adão” (I Cor. 45)
O primeiro era carnal, o segundo celestial. O primeiro errou, o segundo concertou.
O seu nome todos já sabem: Jesus!
Somente Ele não foi contaminado pela síndrome de Adão, somente Ele permaneceu saudável; por isso, somente Ele é capaz de curá-lo. Aceite a cura!